domingo, 21 de julho de 2013

A Alquimia era bruxaria?

 
A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química". Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que a alquimia tomou as feições que até hoje conseva. Denominada entre os adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma modificação. A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta. Na verdade, a principal matéria a se transmutar é o próprio alquimista. À medida que se sucedem as etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais humanos. Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne. No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto. Nomes muito célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os segredos através de artifícios de linguagem. Isso teve início na famosa Tábua de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da história. Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida. Como o próprio nome indica, a Via Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo. É importante deixar claro que esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da alquimia. Embora o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão em caso de fervura da Matéria Prima. Mas e essa Matéria Prima? O que é? O nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida. Mas, por ser um segredo, sua na oreza jamais é revelada. Alguns defendem que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio (os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima seria o raro metal "stibina". Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela". Por trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da transmutação do próprio alquimista. Ao passar por todos os processos que conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto. É voz corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso Fulcanelli, a respeito de seu mestre. Canseliet recorda que, quando conheceu Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos. Entre tantos segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto o que sem dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.


A Alquimia da Natureza

Para os químicos, existe uma verdade básica: o átomo é sempre átomo. Segundo os cientistas, apenas sob condições extremas e quase impossíveis os átomos se dividiriam. Porém, as pesquisas do médico francês Louis Kervran, falecido em 1983, mostram outra (e surpeendente) verdade. De acordo com ele, cada planta ou animal consegue mais do que avançados centros de pesquisa nuclear: divide, ajunta e transforma certos elementos em outros sem gastar muita energia e numa temperatura de meio ambiente. Depois de uma série de pesquisas, feitas por químicos, pesquisadores e cientistas, chegou-se a uma conclusão: acontecia um fenômeno inexplicável! Kervran foi o primeiro a oferecer uma explicação científica para esse fenômeno. Na década de 60, ele observou uma equipe de operários trabalhando na sondagem de petróleo no Saara e descobriu que as fezes de todos eles continham grandes quantidades de potássio. Sua alimentação, porém, quase não tinha potássio. O potássio não podia ser oriundo das reservas do organismo dos trabalhadores porque esses teriam se esgotado depois de poucos dias. Além disso, não se detectava nenhuma deficiência do elemento nos operários. O potássio não podia ter surgido do nada. Depois de muita pesquisa, Kervran chegou a conclusão que o sal (cloreto de sódio) se transformava em potássio… Se isso fosse verdade, seria um golpe letal contra o princípio básico do fundador da química moderna, Antoine Lavoisier. Já no século 18 , Lavoisier formulou a teoria (válida até hoje) segunda a qual no mundo dos átomos nada se perde e nada se cria, tudo se transforma. De acordo com a teoria, o átomo de potássio pode ligar-se a vários outros átomos formando moléculas , mas também devia, até o fim dos tempos, continuar sendo potássio. Essa teoria perdeu força após a descoberta da radioatividade, por Madame Curie. O átomo, que foi considerado imutável pelos físicos de outrora, é muito menos estável do que se acreditava até bem pouco tempo atrás. A partir daí passou-se a diferenciar os elementos em radiativos (instáveis) e estáveis. Pouco tempo depois se conseguiu (através de bombardeamento com raios gama e outras partículas) que também núcleos atômicos se transformassem. Daí até as bombas de Nagasaki e Hiroshima o caminho foi bem curto. Mas a tese sobre a estabilidade de todos os elementos (com a exceção dos radioativos) continuava em pé. Kervran chamou o fenômeno ocorrido com os operários de transmutação biológica. Segundo ele, tudo pode acontecer desde que haja vida. Microorganismos, algas, fungos, plantas, animais. Se sua teoria estiver correta, grandes mudanças acontecerão em vários campos: na medicina, ma agronomia, etc… Quem sabe um dia o sonho dos alquimistas se realizará e o mercúrio se tranformará em ouro. Será que os velhos alquimistas sabiam que os dois estão tão próximos na tabela periódica dos elementos? E quando as pesquisas de Kervran finalmente serão testadas com seriedade e sem preconceitos? Ou ainda não estamso preparados para tal verdade? Parece que a vida começa num nível muito mais profundo que o atômico. Se existem organismos vivos capazes de transformar manganês em ferro (e vice-versa), por que não existiriam seres vivos capazes de produzir algo do nada a luz e a vibração? Da transmutação até a materialização é apenas um passo pequeno. Se acreditarmos nas noticias sobre determinados gurus asiáticos, esse pequeno passo já foi dado por várias pessoas. E sobre a Criação Divina? Realmente, nem eu sei o que pensar…

Retirado de: http://www.pegue.com/religiao/alquimia.htm

Alquimia genuína tem duas formas básicas: primeira, a exploração a respeito da transformação de matéria; e, segunda, a psicológica - magicka. O segredo da primeira forma é a interação entre o alquimista e a substância passando por transformação por meios químicos ou outros. Isto é, o alquimista de modo sutil (‘Oculto’) ajuda as transformações sendo um Elixir de Imortalidade. Para o alquimista seguindo essa forma de alquimia, a mudança dos ‘metais base’ em ouro era somente um estagio no caminho para a meta derradeira.

A segunda forma de alquimia é a respeito com a mudança do alquimista e isso requer que se sigam certos específicos e frequentemente complicados procedimentos. A meta aqui é ‘Adeptidade’: a emergência de um novo individuo das cinzas do velho. A meta derradeira é ainda ‘Imortalidade’, mas uma diretamente alcançada, antes que, como na primeira forma, a criação de um "Elixir" o qual é obtido pelo alquimista após um período de tempo. A natureza exata dessa ‘Imortalidade’ foi o objeto de tanta especulação.

Dois aspectos desse segundo tipo de alquimia a ‘alquimia proibida’ tem se descoberto nos últimos cem anos ou mais. Entretanto, esses dois aspectos cruciais como eles são para a genuína Arte esotérica fazem somente uma parte do sistema proibido.

O primeiro desses a receber atenção era o elemento sexual que está envolvido no alcance da meta colocada. O segundo é o ‘psicológico’ onde os processos, métodos e símbolos são entendidos (por ex., Carl Jung et al) como o usualmente inconsciente esforço da psique individual por ‘integridade’ ou ‘individualização’.

Na realidade, a alquimia proibida era uma ciência (ou um modo de vida pratico como alguns preferem dizer) o qual por um longo período de tempo veio a reconhecer que para alcançar a meta colocada de Imortalidade e/ou Adeptidade Oculta/Magicka, era necessário não somente simbolizar certas energias naturais e certos estados de ‘existência’, mas também empregar em certos estágios um elemento sexual pratico.


Essas idéias desenvolvidas na Idade Média e passadas em alguns dos agora famosos textos alquímicos eram uma continuação de umas anteriores: particularmente aquelas de algumas das escolas de mistério da Grécia Antiga. No tempo em que os textos foram escritos, a Europa Ocidental estava sobre o jugo totalitário da igreja Nazarena, e parte da razão para a obscuridade dos textos era por causa que as idéias básicas eram heréticas o desejo de obter Imortalidade independente de ‘Deus’, e a natureza sexual de alguns dos trabalhos. O resto da obscuridade foi devido a: (a) a natureza complexa das idéias, com uma confusão de ‘teologias’ e (b) um desejo deliberado de fazer os textos esotéricos, onde os segredos poderiam ser revelados para Iniciados de confiança ou aqueles já suficientemente esclarecidos (isto é, livre da tirania mental da crença Nazarena) para alcançá-los intuitivamente.

A visão pega em alguns círculos em anos recentes da alquimia como uma espécie de ‘tantra Ocidental’ é desencaminhadora e incorreta, como é a crença que ela era um sistema puramente ‘psicológico’ enquanto oposto ao pratico. A visão anterior ignora: (i) a significância vital do simbolismo (alguns do qual é puramente abstrato e não ‘simbólico’) em fazer possíveis avanços em pensamento e entendimento; e (ii) os estágios além daqueles envolvendo atividade sexual. A visão posterior ignora (ou antes, mal interpreta) a importância não somente dos aspectos práticos, magickos, mas também o fato que a alquimia proibida era essencialmente um sistema de auto experimentação no mundo real, envolvendo o alcance de metas e tarefas especificas.

Isso, junto com os aspectos sexuais, faz esse Caminho diferente do interno, contemplativo que floresceu em certas instituições Nazarenas.

As idéias fundamentais da alquimia proibida continuaram a ser desenvolvidas com o passar de décadas e séculos após os MSS preliminares serem escritos, e a tradição que se desenvolveu foi passada de mão em mão na maior parte por Adeptos solitários. Essa tradição pode ser dita ter alcançado seu clímax no ‘Caminho Septenario’. No Caminho Septenario as idéias fundamentais tem sido clarificadas e refinadas tão bem quanto estendidas, e o próprio Caminho é um sistema pratico destituído de dogma e misticismo. Ele era, até muito recentemente, genuinamente esotérico.

As idéias fundamentais desse Caminho ou ‘Alquimia Interna’ podem ser brevemente colocadas:


1) No desenvolvimento de auto-entendimento, tão bem quanto no entendimento de forças naturais e ‘Ocultas’, um simbolismo abstrato é importante: tal simbolismo permite não somente compreensão daquelas áreas (da consciência, por exemplo) normalmente não responsáveis pelo pensamento (e assim controle e desenvolvimento consciente) mas também desenvolve novas áreas da consciência. O simbolismo abstrato é de dois tipos; o primeiro sendo a Septenaria ‘Arvore de Wyrd’ com as correspondências associadas com cada esfera e os caminhos conectando aquelas esferas; o segundo sendo os símbolos abstratos do Jogo Estelar. A primeira espécie é um desenvolvimento do simbolismo alquímico ‘tradicional’, enquanto a segunda é um desenvolvimento inteiramente novo, e um que contém o total do primeiro.

Essa primeira espécie capacita, no nível pratico, a exploração e assim integração/transcendência das áreas escondidas/inconscientes/Ocultas de nossa própria consciência e o cosmos. Isto é, em efeito, um aprendizado magicko e alquímico e envolve trabalho pratico com os símbolos um ritual magicko, por exemplo, sendo o uso de símbolos específicos representando certas energias Ocultas ou magickas.

A segunda espécie leva o individuo além disso em direção do próximo estagio de nossa evolução consciente com o desenvolvimento de níveis superiores de consciência e novas introspecções.

2) O trabalho pratico envolvido é dividido por conveniência em sete estágios. Vários desses estágios envolve o individuo (o ‘alquimista’) em encontrar e trabalhar com uma companhia do sexo oposto, alguns dos trabalhos sendo de natureza sexual. Isso é uma exploração da consciência: uma confrontação com o anima/animus e outros. Cada um desses sete estágios é representado por um Ritual de Grau uma série de tarefas, trabalhos e rituais que desenvolvem auto-introspecção e entendimento em geral, e que aumentam as habilidades ‘Ocultas’ do individuo. Por seguir os estágios progressivamente, empreendendo o Ritual de Grau apropriado, o individuo alcançará introspecção e ultimamente Sabedoria: a ‘Pedra Filosofal’.

3) O simbolismo da Arvore de Wyrd é derivado das forças/energias representantes do cosmos (e assim cada consciência individual) em termos da dualidade do causal e a causal as sete esferas da arvore representando o desenvolvimento (ou melhor, a potencialidade inerente em cada consciência individual) não somente em cada consciência individual a partir do inconsciente através do ‘ego’ e ‘self’ para A deptidade e além, mas também a evolução do próprio cosmos, em termos de sua própria ‘consciência’ ou Ser. Nos primeiros estágios, o causal é frequentemente considerado como um aspecto ‘racional’ da psique individual, o a causal como os aspectos ‘inconscientes’ ou magickos. A meta dos primeiros estágios do Caminho é por o individuo a experimentar (e desenvolver) ambos e uni-los, alcançando a transcendência. O que é importante compreender sobre o Caminho Septenario é que ele é um sistema completo e pratico, destituído de dogma e mistificação, o qual capacita qualquer individuo, se eles possuírem o desejo necessário, alcançar Adeptidade e além. Ele é um Caminho único e esotérico o qual, enquanto firmemente enraizado no genuíno esoterismo do Ocidente, é apropriado para o século vinte e um e além: por exemplo, o Jogo Estelar contém, em seu simbolismo e técnicas, toda a sabedoria da alquimia, magicka e o ‘Oculto’ em geral tão bem como sendo uma ponte para o futuro. Ele é, em essência, uma nova forma de linguagem e enquanto essa nova linguagem, para alguns, pode ser difícil de aprender no começo, ela abre novas e excitantes áreas, novas possibilidades e novas dimensões. Para encurtar, ele eleva nosso Ser, estendendo nossa consciência.


As tarefas e Rituais de Grau associados com o Caminho Septenario, junto com as correspondências, são dados em detalhes no manuscrito "Magicka Physis Um Guia Pratico para Tornar-se um Adepto’. A maioria disso brevemente será publicado no livro ‘Naos Um Guia para Sinistra Magicka Hermética’. O resto dessa publicação de ‘Fenrir’ é devotado ao Jogo Estelar.

Leitores perceptivos entenderão de uma vez porque essa alquimia ‘proibida’ é essencialmente Magicka Negra. É simples, é porque ela permite a evolução do individuo de acordo com seus próprios desejos em um modo pratico. Sua essência é experiência pratica: de energias Ocultas/magickas (causais e acausais isto é, ‘luz’ e o ‘sinistro’) mas igualmente importante da própria vida. Ela não é um sistema ‘teórico’ destituído de perigo pessoal ela é elevadora da vida, oferecendo as recompensas dos deuses, causais e acausais (e o que está além de tais opostos - aquilo que pode ser expresso somente por Caos: a origem de Existência e Não-Existência).

http://www.mortesubita.org/satanismo/livros-satanicos/naos/a-alquimia-proibida
 
 

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